Katherine Heigl, a Izzie, de “Grey’s Anatomy”, diz que fama de “difícil” lhe causou problemas psicológicos: “Perdi o controle”

Mais conhecida por seu papel como Izzie Stevens, em “Grey’s Anatomy”, Katherine Heigl carrega a imagem de “diva” – no sentido negativo da palavra – desde a época em que ainda trabalhava no drama médico de Shonda Rhymes. Recentemente, a atriz quebrou o silêncio sobre o assunto e revelou os impactos que os rumores sobre seu comportamento tiveram nos bastidores de Hollywood.

A “má fama” de Katherine Heigl vem perseguindo a atriz há anos e, segundo ela, as críticas negativas sobre seus próprios trabalhos, apesar de desagradáveis, não significam que ela seja uma pessoa difícil de trabalhar.

Heigl desabafou sobre o assunto recentemente em entrevista ao The Washington Post. “Eu posso ter dito algumas coisas que as pessoas não gostaram, mas então a coisa escalou para ‘ela é ingrata’, depois foi para ‘ela é difícil’ e então para ‘ela não é profissional’. Qual é a sua definição de ‘difícil’? Alguém com uma opinião que você não gosta? Eu estou com 42 anos e esse m*rda me irrita demais”, disparou.

Katherine Heigl e Seth Rogen em “Ligeiramente Grávidos”. (Foto: Reprodução / Paramount Pictures France)

Tudo começou em 2007, quando a atriz estrelou “Ligeiramente Grávidos”, uma comédia romântica que conta a história da jornalista de sucesso Alison Scott (Katherine Heigl), que encontra um grande obstáculo depois que uma noite amorosa com Ben (Seth Rogen), um rapaz irresponsável que ela conheceu em um bar, resulta em gravidez.

Após o lançamento do filme, Katherine definiu a produção como “um pouco sexista”, o que deu início a uma longa jornada de rumores sobre as dificuldades da atriz nos sets de filmagens. O falatório então se intensificou em 2010, quando Heigl deixou “Grey’s Anatomy” após seis temporadas como Izzie Stevens.

Katherine Heigl como Izzie Stevens, em Grey’s Anatomy. (Foto: Reprodução / YouTube)

Na ocasião, a atriz reclamava das condições de trabalho na série, afirmando que não considerava sua atuação digna de indicação aos prêmios que o drama da Shondaland recebia. “Na época apenas me mandaram calar a p*rra da boca. Quanto mais eu pedia desculpa, mais queriam que eu ficasse quieta. Quanto mais assustada e aterrorizada eu ficava de estar fazendo alguma coisa errada, mais eu achava que tinha feito algo horrivelmente errado”, relembrou a artista.

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A má fama teria prejudicado a carreira de Heigl

Ao The Washing Post, Heigl também revelou que os boatos sobre seu comportamento e temperamento chegaram a ficar tão sérios, que a fizeram perder papeis concorridos em Hollywood. Segundo a atriz, antes dos rumores, ela não se preocupava com a opinião dos chefões da indústria cinematográfica, mas tudo mudou quando os filmes que estrelava se tornaram fracassos de bilheteria.

“Você pode ser a pessoa mais horrível, insuportável e difícil do planeta, mas se está fazendo dinheiro para eles, vão continuar te contratando. Eu sabia que o que quer que achassem que eu tinha feito de tão horrível, eles fariam vista grossa se eu continuasse a fazer dinheiro, mas aí os meus filmes começaram a não render tanto assim”, lamentou Heigl.

O fracasso profissional foi a porta de entrada para uma onda de problemas psicológicos que fizeram com que Katherine recorresse a antidepressivos. De acordo com a atriz, a crise em sua vida profissional só foi remediada com tratamentos. “Acho que a minha família, minha mãe, meu marido e meus amigos ficaram assustados. E sinto muito por tê-los assustado tanto. Mas eu perdi o controle, eu não sabia como lidar”, revelou.

Apesar de entender que estava com problemas, a atriz afirmou que não tinha forças para procurar uma solução. “Pedi para minha mãe e para o meu marido para me encontrarem ajuda, porque eu preferia estar morta. Você não faz ideia da quantidade de ansiedade que estava enfrentando quando concluí que realmente precisava de ajuda”, lamentou Katherine.

Casada com o músico Josh Kelly desde 2007, Heigl é mãe de três crianças: Nancy de 12 anos, Adalaide de 8 e Joshua, de 4 anos. O desabafo então foi encerrado com um elogio ao “trabalho interno que fez em si mesma”, mas sem deixar de dar crédito ao remédio faixa preta que a ajudou a sair da depressão. “Você pode fazer muito trabalho interno com a sua alma, mas também sou uma grande fã de Zoloft”, concluiu ela. Tenso!