Solange Almeida desabafa e expõe problemas causados pelo uso de cigarro eletrônico: ‘Perdi a vontade de cantar’; assista

A cantora, que teve as cordas vocais afetadas pela nicotina, fez alerta para quem usa o dispositivo

Na edição deste fim de semana do “Domingo Espetacular“, da RecordTV, a cantora de forró Solange Almeida abriu o jogo sobre o real motivo da pausa em sua carreira: o cigarro eletrônico, mais conhecido como “vape”.

De acordo com a artista, que por anos integrou a banda Aviões do Forró, o consumo excessivo de nicotina causou danos extensos às suas cordas vocais. Durante a pandemia, Solange se tornou dependente do dispositivo, muito popular atualmente, após experimentar a substância em um encontro de amigos. “Eu perdi toda a vontade do mundo de cantar. Comecei a ficar com a mucosa ressecada, dificuldade para cantar e para respirar”, relatou Sol. O hábito evoluiu para o vício muito rapidamente.

“Eu esperava meu marido dormir para fazer uso do cigarro. Acordava cedo e ia para padaria, já tinha um cigarro no meu carro. A coisa estava fugindo completamente do meu controle”, recordou. Mesmo com o uso constante, a artista tinha vergonha de assumir que havia voltado a fumar. “E tinha que ficar tudo em off porque não queria que as pessoas soubessem”, afirmou.

Para se libertar da dependência, ela decidiu compartilhar sua experiência traumática e revelou que a fixação pelo vape foi causada por alguns atrativos, como o sabor da substância, o cheiro, as cores e a fumaça. “Vi aquela coisa bonita, que chama atenção. O odor, o sabor, tudo nele é atrativo”, observou.

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No auge de consumo, a artista chegou a utilizar cerca de 15 cigarros eletrônicos por mês. O uso contínuo afetou sua saúde e lhe causou crises de pânico, depressão e ansiedade. Para conseguir retornar aos palcos e após um apelo da filha, Solange recorreu a sessões de terapia e ainda o acompanhamento de um fonoaudiólogo.

“É um começo da nova Solange, depois desse uso indevido do cigarro eletrônico, que quase culminou na perda total da minha voz e do meu emocional por inteiro. Me tirou do chão, de verdade”, revelou. “Eu não conseguia atingir os tons na mesma facilidade que eu tinha antes. Me vi no olho de um furacão, sem conseguir dormir, por causa do uso e depois em decorrência da abstinência do cigarro”, concluiu. Assista:

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Alerta

No Brasil, a venda e o uso desses aparelhos são ilícitos desde 2009. Mesmo assim, estimativas indicam que há cerca de 2 milhões de usuários do cigarro eletrônico no país, em sua maioria os jovens entre 13 e 17 anos. Segundo estudo conduzido pela University of California San Diego (EUA) e publicado na revista científica eLife no início deste ano, o vape pode causar infecção no cérebro, pulmão, coração e cólon.

Mês passado, durante entrevista para o podcast “EmPODeradas”, a cantora não apenas expôs a situação para o público, como também emitiu um alerta aos usuários. “Quando eu fui ver, eu já estava realmente viciada naquilo, sabe? De acordar com ele do meu lado, na cabeceira da minha cama. Começou em uma festa particular e vi aquilo: ‘Que interessante!’. ‘Não tem nicotina!’ ‘Não tem não? Me dê aqui!'”, relembrou.

“Rapaz, meu amor, saborzinho que quase perdi foi tudo… Do meu pulmão ficar lascado, entendeu? Quem passou por isso foi o Zé Neto e passei a mesma coisa, porém foi algo que eu estava esperando o momento certo para falar”, pontuou. Confira o papo na íntegra: